A priori, as atividades da célula presencial de inteligência se encerrariam no dia 12 de janeiro, entretanto, a Secretaria de Segurança Pública estuda a possibilidade de manter a unidade de forma permanente, conforme disse o Secretário-Executivo de Segurança Pública, Alexandre Patury.
“Os resultados têm sido muito positivos. Já estamos discutindo com os órgãos a possibilidade de manter essa estrutura de forma permanente, ainda que parcial, porque a troca de informações é muito mais rápida”.
A célula foi criada, em dezembro de 2024, para fortalecer a segurança do Distrito Federal, com foco em ações preventivas que incluem o monitoramento de redes sociais e a identificação de movimentações suspeitas que possam indicar atividades de caráter terrorista.
No local trabalham de forma conjunta diversos órgãos, como o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e as polícias do Senado Federal, do Supremo Tribunal Federal (STF), da Câmara dos Deputados, Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF).
Essa unificação otimiza muito o trabalho, tendo em vista que agiliza as trocas de informações e as investigações. Patury ressalta que a célula realiza varreduras em redes sociais e jornais, além de checar denúncias anônimas, tornando a investigação mais célere e funcional, com todas as forças atuando ao mesmo tempo e trocando informações.
“Aquilo que normalmente leva minutos, quando estamos todos reunidos fisicamente, leva segundos para ser definido, já que todos têm acesso imediato aos sistemas de seus respectivos órgãos. A presença física realmente traz resultados”.
Ele lembrou ainda que, mesmo sem novas ameaças identificadas até o momento, o trabalho segue de forma contínua para garantir a segurança e responsabilizar quem tenta gerar pânico ou desinformação. Patury citou como exemplo o caso do homem preso em 29 de dezembro por supostamente planejar um ataque a Brasília. Entre as postagens feitas por Lucas Ribeiro Leitão, 30, nas redes sociais, estava a frase: “Eu vou fazer essa parada sozinho. Aumentem a segurança em Brasília em 100x, 200x, 300x, 400x”. A prisão foi efetuada próximo à divisa com Goiás, enquanto o suspeito viajava como carona em um caminhão que seguia para a capital federal.