Nesta sexta-feira (6), foi realizada uma ação conjunta entre a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/AP) e a Procuradoria Geral de Justiça do Amapá, que deflagraram a Operação Cidade das Esmeraldas. O objetivo é investigar um possível esquema de corrupção envolvendo um juiz, advogados e membros de uma facção criminosa atuante no estado.
A operação ocorreu nas cidades de Macapá (AP), Belém (PA), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR) e Santa Catarina (SC), cumprindo 12 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva, todos expedidos pelo Tribunal de Justiça do Amapá.
As investigações indicam que um magistrado, por meio de advogados e servidores do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN), teria recebido vantagens para conceder decisões favoráveis a apenados, algumas das quais sequer passaram pela manifestação do Ministério Público.
A investigação é um desdobramento da Operação Queda da Bastilha, deflagrada em setembro de 2022, que revelou um esquema em que advogados recebiam dinheiro de faccionados para pagar servidores do IAPEN e obter atestados médicos falsos, liberando presos ilegalmente e eventuais fugas.
Os investigados na operação de hoje poderão responder por corrupção ativa e passiva e organização criminosa, com penas que podem ultrapassar 20 anos de reclusão, além de multa.