‘O problema não é o posto, o problema é o imposto!’, afirma presidente do Sindicombustível

Há: 9 meses atrás

Foto: Fernando Frazão/EBC

Em meio a mais uma alta dos combustíveis, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante um evento da Petrobras alegou que os aumentos nos preços dos combustíveis são resultado do reajuste do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um imposto estadual, e dos donos de postos de gasolina.

“O povo não sabe que a gasolina sai da Petrobras a R$ 3,04 e que na bomba ela é vendida a R$ 6,49. Ou seja, ela é vendida pelo dobro do que ela sai da Petrobras”, afirmou o presidente, ontem (17).

A fala foi rebatida pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindcombustiveis- DF) Paulo Tavares.

” O problema não é o posto, o problema é o imposto! A sociedade precisa entender a realidade: o alto preço dos combustíveis não é culpa do revendedor, mas da alta carga tributária imposta pelo governo”.

Tavares ressalta que os impostos representam quase 50% do valor do combustível vendido pela Petrobras.

“Se o governo federal e os estados reduzissem essa carga tributária, o preço ao consumidor seria menor. O revendedor faz sua parte social contribuindo de diversas formas, empregando, pagando INSS, FGTS e outros encargos, além de operar sob regras rigorosas e custos elevados”.

“É preciso entender que o preço da gasolina que sai da Petrobras, hoje está em R$ 3,04, com os impostos federais, que são PIS, COFIS e SID. Só aí já se somam R$ 0,80 centavos, ou seja, já são 25% de acréscimo sobre o preço Petrobras.  Além disso, temos o custo do ICMS nos estados, que são os governadores que ficam com esse  recurso. Nós estamos falando de R$ 1,47. Já são mais 48% de acréscimo, ou seja, quando chega na bomba, mais de 70% já são somente de impostos”.

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