Agricultores protestam em Madri contra acordo entre União Europeia e Mercosul

Há: 4 dias atrás

Imagem capturada Twitter X

Agricultores de diversas regiões da Espanha protestam em Madri, nesta segunda-feira (16) contra o acordo de livre-comércio firmado entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, além de outros. As agências internacionais falam em um público de cinco mil pessoas.

Os manifestantes estão concentrados em frente ao Ministério da Agricultura, Pesca e Alimentação da Espanha. Os grupos alegam que tanto os acordos firmados com o bloco sul-americano como outros ameaçam as atividades dos produtores rurais espanhóis.

A ação é organizada pelas associações agrícolas espanholas Asaja e COAG, e apoiada pelas cooperativas agroalimentares. Tanto a Asaja como a COAG defendem que o setor agrícola do país “está ameaçado” pela proliferação de acordos como os com Mercosul, Chile, Marrocos, Nova Zelândia e outros.

Eles defendem que o apoio a estes acordos por parte da Comissão Europeia e do governo espanhol “ameaça” os objetivos de adaptação e mitigação da mudança climática, a substituição geracional e a obtenção de rendimentos “justos” para os produtores.

O acordo de associação UE-Mercosul foi assinado em 6 de dezembro em Montevidéu e aguarda ratificação dos países-membros dos blocos.

Os agricultores que chegaram a Madri de diferentes partes da Espanha consideram que este acordo é prejudicial para eles, e por isso manifestaram-se pacificamente nesta segunda-feira em frente ao Ministério da Agricultura, Pesca e Alimentação do país, soprando apitos e atirando rojões, enquanto gritavam palavras de ordem contra o acordo de associação.

A Asaja e a COAG acreditam que atualmente todo o setor agrícola “está ameaçado” pela proliferação de acordos como os com Mercosul, Chile, Marrocos, Nova Zelândia e outros.

Em sua opinião, estes acordos favorecem a importação de produtos agrícolas abaixo dos custos de produção (como moeda de troca para outros interesses) e sem cumprir as normas da UE, o que impacta os agricultores europeus com a perda de rendimentos e milhares de explorações agrícolas familiares anuais.

As duas organizações consideram que o apoio a estes acordos por parte da Comissão Europeia e do governo espanhol “ameaça” os objetivos de adaptação e mitigação da mudança climática, a substituição geracional e a obtenção de rendimentos “justos” para os produtores.

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