Em 2024, foram 610 milhões de viagens de entrada e saída do país, são 43,9% de aumento em relação ao ano interior. Só no ano passado, foram emitidos mais de 2,6 milhões de novos vistos para cidadãos estrangeiros dos países que não são conveniados com a China.
O porta-voz da Administração Nacional de Imigração (NIA), Lyu Ning, apresentou os dados e afirmou que foram implementadas uma série de políticas favoráveis às viagens transfronteiriças, a fim de, facilitar a entrada de novos turistas no país.
A razão dessas viagens, sem sombra de dúvidas é a busca de oportunidades comerciais e tecnológicas. De longe a China tem se tornado o maior case de sucesso industrial e tecnológico, mostrando sua supremacia em todas as áreas do mercado comercial.
Tenho ouvido muitos falarem mal do gigante asiático atribuindo-lhe adjetivos que não são verdadeiros. Os seus resultados contínuos são mostra clara de uma nação que sabe para onde está indo, mesmo que seus controles choquem o mundo ocidental, a China continua avançando e produzindo riquezas para seus cidadãos.
Mas cabe frisar que, esses resultados impressionantes foram possíveis pelos contínuos investimentos em educação direcionada ao campo das ciências de produção e tecnológicas. Outro fator muito relevante é o fato deles nunca terem entrado em conflitos bélicos com outra nação. Melhor do que mostrar força é mostrar competência.
Na última terça-feira, 13 de janeiro, a mídia estatal do governo chinês, anunciou um superavit comercial de U$ 990 bilhões, um resultado recorde superando sua melhor marca de U$ 838 bilhões atingida em 2022. O resultado da balança comercial da China é mais do que a metade do PIB do Brasil que está estimado em U$ 1.85 trilhões.
A grande questão mundial hoje é, quando a China vai passar os EUA? Uns apostam que isso nunca vai acontecer, mas segundo o economista Wang Wen do Instituto Chongyang de Estudos Financeiros da Universidade Renmin, o país já atingiu 80% da produção dos EUA em 2021.
Especula-se que o mercado interno da China não está consumindo e isso pode gerar uma estagnação no seu crescimento, no entanto, “a taxa de urbanização da China é de apenas 65%. Se for calculada em 80% no futuro, isso significa que mais 200 a 300 milhões de pessoas entrarão nas áreas urbanas, o que gerará um enorme aumento na economia real, disse Wen.
Essa estratégia de Xi Jinping está sendo construída com base no estímulo do consumo interno e na centralização da economia por meio da propriedade estatal da indústria. O oposto do que aconteceu no grande boom da economia chinesa baseada na independência e autonomia das empresas que podiam livremente criar com dinamismo no setor privado.
Por enquanto, está funcionando e ao longo do tempo será possível ver as métricas dessas ações e sua eficácia quanto à manutenção do crescimento em direção ao primeiro lugar no ranking mundial.