Desde as primeiras horas desta quinta-feira (20), 100 policiais civis estão nas ruas cumprindo 18 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão na Operação Contrato Sombrio. A maioria dos mandados está sendo cumprida na região administrativa do Gama.
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), três homens, com idades entre 19 e 26 anos, foram presos por associação criminosa, todos envolvidos diretamente na subtração e revenda dos veículos furtados.
As investigações, conduzidas pela 5ª Delegacia de Polícia, revelaram que a quadrilha aliciava terceiros para alugar veículos em locadoras e, por meio de fraudes documentais e eletrônicas, subtraía os automóveis sem devolvê-los.
Os investigados possuem antecedentes criminais por receptação, estelionato e furto qualificado, além de registros de envolvimento em fraudes financeiras e outras práticas ilícitas.
Foram apreendidos dispositivos eletrônicos, munições, contratos, chaves de veículos, rastreadores automotivos, maquinetas de cartão e documentos que ligam os investigados diretamente ao esquema criminoso.
Durante o cumprimento de um dos mandados, foi encontrada certa quantidade de cocaína na residência de um dos alvos, motivo pelo qual ele também foi preso em flagrante pelo crime de tráfico de drogas.
Embora o objetivo principal da operação fosse desarticular a organização criminosa especializada no furto de veículos, a apreensão da droga evidencia o envolvimento do investigado com outras práticas ilícitas, reforçando
a complexidade da rede criminosa desmantelada.
A organização criminosa atuava de forma estruturada, contando com captação de pessoas para os aluguéis fraudulentos, adulteração de veículos e revenda ilícita. Até o momento, pelo menos dez veículos foram confirmados como produtos de furto dessa associação criminosa, sendo que o prejuízo somado desses automóveis ultrapassa R$ 1 milhão.
Acredita-se que o número real de carros seja ainda maior, já que os criminosos utilizavam terceiros para
realizar os aluguéis fraudulentos, dificultando a contabilização exata e também porque consta que o grupo criminoso teria uma movimentação financeira acima
de R$ 2 milhões.