Trump ataca Brasil, que adota silêncio estratégico

Há: 3 meses atrás


O Brasil quer mal aos Estados Unidos. Pelo menos, na visão do presidente Donald Trump. Ele voltou a dizer que o Brasil está entre os países que taxam demais no grupo daqueles “que querem mal aos Estados Unidos”

Em discurso para apoiadores na Flórida, Trump falou em aplicar tarifas sobre esses países: “A China é um grande criador de tarifas, Índia, Brasil, tantos tantos países… Então, não vamos deixar isso acontecer mais porque vamos colocar a América em primeiro lugar, sempre colocar a América em primeiro lugar”.

Trump alega que não é vingança, é reciprocidade: quer aplicar a mesma taxação nas exportações dessas nações para os Estados Unidos. Quanto à China, os recuos no discurso são evidentes.

Primeiro, o presidente dos EUA, ainda durante a campanha, prometeu taxas que poderiam chegar a 60% sobre os produtos chineses. Na semana passada, falou em uma tarifa de 10% a ser aplicada a partir de fevereiro. Depois disse que prefere não impor tarifas contra a China.

O Brasil reage com cautela às declarações de Trump, ainda buscando entender o que é bravata, discurso ou efetiva ação de governo. Lula se posicionou em relação aos direitos humanos dos brasileiros deportados, o Palácio do Itamaraty chegou a convocar um representante da Embaixada dos Estados Unidos para dar explicações, o que representa na diplomacia internacional um evidente descontentamento.

Mas em relação à política tarifária, há de se esperar. Quanto menos ruído o governo brasileiro fizer, talvez o impacto seja menor na prática do que no discurso de Trump.

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