O BRICS, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, antiga formação desse bloco econômico, foi alterado em janeiro de 2024 com o ingresso do Egito, Irã, Etiópia e Emirados Árabes Unidos que já tem lista de novos interessados para ingressarem também nesse grupo de economias emergentes, foram ameaçados pelo recém eleito presidente americano, Donald Trump.
Em uma postagem em sua rede social, a Truth Social, Trump afirmou que solicitaria às nações do BRICS que assumissem o compromisso de não criar uma moeda entre eles, “nem apoiar qualquer outra moeda para substituir o poderoso dólar americano” caso isso ocorra, eles enfrentariam tarifas de 100% sobre seus produtos importados para os EUA.
No ano passado, o presidente brasileiro, Lula, se declarou a favor da criação de uma moeda comum do BRICS, “assim como os europeus criaram o euro”. Vladimir Putin, presidente Russo, já havia proposto no ano anterior a criação de uma moeda de reserva internacional logo após as sanções impostas pelas nações ocidentais em relação à guerra contra a Ucrânia. Mas, recentemente, Putin disse que ainda era muito cedo para estabelecer uma nova moeda, uma vez que, os países membros do bloco precisariam ainda de maior integração.
A África do Sul também não foi favorável ao estabelecimento de uma nova moeda para o bloco e negou que estivessem planejando algo parecido. O que está em andamento é a criação de um sistema de pagamento fronteiriço para funcionar ao lado da SWIFT e, com isso, aumentar o uso das moedas locais no comércio entre eles.
Por intermédio do Porta Voz do Ministério das Relações Exteriores, Lian Jian, disse que a China continuará a expandir a cooperação com outros membros do bloco do BRICS, mesmo com as ameaças do presidente americano.
Jian defende a importância da cooperação entre os mercados emergentes cujo objetivo é o desenvolvimento e a prosperidade abrangentes, não o “confronto de bloco ou “atingir terceiros”, afirmou em uma entrevista na semana passada.
“A China está pronta para continuar trabalhando com parceiros do BRICS para aprofundar a cooperação prática em vários campos e contribuir mais para o crescimento sustentado e estável da economia mundial” completa Jian.
Sem o consenso entre os países do bloco, dificilmente, haverá a tentativa de criação de uma moeda comum, mas, fica o recado.