Operação Tacitus prende delegado envolvido em execução de delator do PCC

A investigação partiu da análise de provas que foram obtidas em diversas investigações policiais

Há: 4 meses atrás

A investigação partiu da análise de provas que foram obtidas em diversas investigações policiais Foto: PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Tacitus e prendeu nesta manhã (17), em endereços no estado de São Paulo, sete pessoas, inclusive um delegado e três policiais civis. Todos os alvos teriam sido delatados por Vinícius Gritzbach, por envolvimento em corrupção.

Desde as primeiras horas, 130 policiais federais, apoiados pela Corregedoria da Polícia Civil e pelo Ministério Público, cumprem oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nas cidades de Bragança Paulista, Igaratá, Ubatuba e na capital.

Em nota, a Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo afirmou que a operação busca desarticular organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública, corrupção ativa e passiva

De acordo com a PF, a ação acontece no âmbito das investigações sobre a execução do delator Vinícius Gritzbach, em 8 de novembro, no aeroporto de Guarulhos.

O esquema criminoso envolveria manipulação e vazamento de investigações policiais, venda de proteção a integrantes do PCC, além de lavagem de dinheiro para a organização criminosa.

A investigação partiu da análise de provas que foram obtidas em diversas investigações policiais que envolveram movimentações financeiras, colaboração premiada e depoimentos. Tais elementos revelaram o modo complexo que os investigados se estruturaram para exigir propina e lavar dinheiro para suprir os interesses da organização criminosa.  

O delegado detido é Fábio Baena Martin, juntamente com os investigadores Eduardo Lopes Monteiro, Rogério de Almeida Felício, Marcelo Ruggieri, Marcelo Bombom e mais três pessoas. Um policial, Rogério de Almeida Felício, ainda está foragido. Os demais presos são Ademir Pereira Andrade, Ahmed Hassan e Robinson Granger de Moura.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a Corregedoria da Polícia Civil está acompanhando a operação e que colabora tanto com a Polícia Federal quanto com o Ministério Público.

Segundo o Ministério Público, “os investigados, de acordo com suas condutas, vão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais, cujas penas somadas podem alcançar 30 anos de reclusão”.

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