Macau completa 25 anos de retorno da administração portuguesa para a chinesa. Mesmo ocupando uma área pequena, 28,6 km² composta pela Península de Macau, as ilhas Taipa e Coloane, e a Zona do Aterro de Cotai, o menor país da Ásia, é uma região administrativa especial da China.
Muita coisa mudou nesses 25 anos e Macau, tornou-se um uma poderosa indústria de jogos, duas vezes maior que a de Las Vegas. Sua população cresceu quase 60% nesses últimos anos e seu PIB per capita é superior ao das cidades do continente.
A indústria de jogos de Macau tinha hegemonia do magnata Stanley Ho, considerado o “rei do jogo”. Mas o Governo em 2002 quebrou o monopólio de Ho e abriu o mercado que antes tinha 300 mesas de jogos, ampliando para quase 7 mil.
Hoje, são 6 grandes operadores que lideram esse mercado após o governo liberar concessões com validade de 10 anos para esses novos operadores, contudo a família Ho ainda controla 3 dessas concessões.
Em 2015, o governo chinês implantou uma campanha anticorrupção em todo o país, dissuadindo os apostadores de alto risco e afetando significativamente as receitas dos jogos de azar. A queda nas receitas, impactou Macau, obrigando a uma reformulação urgente solicitada por Pequim.
Em 2023, Surge um novo modelo econômico: A estratégia de desenvolvimento “1+4”, cujo princípio é fazer a cidade crescer além da dependência do jogo. A estratégia adotada é transformar Macau em um centro para o turismo integrado e lazer, enquanto 4 novas indústrias são desenvolvidas para ajudar a economia a ser mais forte e menos dependente dos cassinos.
O Modelo 1+4 é basicamente a manutenção da indústria do turismo e lazer, mas ao mesmo tempo, grandes investimentos na Indústria de medicamentos tradicionais chineses, na indústria da alta tecnologia e IA, na indústria de serviços financeiros modernos e por fim, na indústria de convenções, exposições, cultura e desporto.
Ainda em implantação, os primeiros resultados já impressionam, a indústria do entretenimento já demonstra avanços espetaculares e o presidente Xi Jinping tem aportado muitos recursos para o fomento das novas indústrias na região. Pelo que tudo indica, teremos um novo modelo econômico para servir de exemplo para nossos governantes.
Precisamos industrializar o Brasil, treinar os jovens, incentivar a Inteligência Artificial, mobilizar novas indústrias para o país, viabilizar recursos para a construção de novas plataformas de ciência e tecnologia e deixar de liberar dinheiro para emendas fraudulentas e infrutíferas.