Nissan e Honda conversam sobre mega fusão das montadoras em contraposição ao mercado de veículos autômatos e elétricos híbridos (EVs). Se a fusão acontecer, eles formarão o terceiro maior grupo automotivo do mundo, com escalabilidade suficiente para enfrentar a concorrência estrangeira.
Serão investimentos maciços em tecnologias avançadas de veículos da geração elétricos e híbridos. Segundo Atsushi Osanai, professor Wase Business School, “esse movimento reflete a tendência mundial da indústria, em que as montadoras precisam se preparar para a concorrência que envolve essas novas tecnologias de veículos de direção autônoma”.
A Honda se manifestou depois que vazaram as informações e declara que “existe a possibilidade de tal fusão”, embora nada esteja decidido, falou Toshiro Mibe, CEO da empresa.
Já estão em andamento a parceria de desenvolvimento de sistemas operacionais dos veículos EVs e elétricos, visando uma otimização de custos e avanços tecnológicos significativos, tendo em vista o avanço nessas áreas na China e nos EUA.
Céticos não apostam na parceria, já que a Honda tem histórico de ser uma empresa independente e sempre ter seguido seu próprio caminho. Mas, o cenário mundial de veículos mudou significativamente e, os lucros das grandes fabricantes japonesas estão caindo. A Nissan, no primeiro semestre do ano, caiu quase 90% e anunciou um corte de 9.000 empregos em suas empresas espalhadas pelo mundo.
O grande gargalo das empresas japonesas está nos sistemas e baterias internos, e Osanai confessa: “As escalas atuais da Nissan e Honda não são realmente suficientes. Uma fusão, portanto, os colocaria em uma posição vantajosa”.
Honda e Nissan juntas, podem ocupar um espaço significativo no mercado de híbrido e elétricos, possibilitando a Nissan a fabricação de modelos populares e competir em mercados onde a Toyota tem domínio.
A Grande dificuldade está na integração de duas gigantes e diferentes corporações que possuem culturas diferentes. “Se for possível gerenciar efetivamente o que precisam compartilhar e trabalhar juntos naquilo que precisa ser diferente, acho que será possível que obtenham o sucesso”, finaliza Osanai.
Sem sombra de dúvidas, havendo o movimento em direção única de grandes empresas, a fim de, evitar os oligopólios, todos são beneficiados. Havendo mais veículos e mais ofertas, o preço final do consumidor sempre será mais vantajoso.