Os deputados distritais aprovaram o projeto de lei enviado pelo Executivo com alterações na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, com cerca de 60 emendas. A maior parte delas, prevendo autorizações para mais nomeações de aprovados em concursos públicos e para a reestruturação de carreiras do funcionalismo. São mais 1.472 vagas, sendo a maior parte enfermeiros (500) e professores (500). A reestruturação, com ampliação dos salários, envolve um total de mais de 188 mil cargos públicos.
Mas os parlamentares não aprovaram passagens aéreas na categoria executiva para autoridades e servidores, como previsto no texto do GDF. Até os deputados da base governista foram contra a ideia. O presidente da Câmara Legislativa, deputado Wellington Luiz (MDB), do mesmo partido do governador Ibaneis Rocha, foi um dos primeiros a manifestar o voto contrário.
À coluna, Wellington Luiz disse que sempre viajou de acordo com as possibilidades dele. “Por isso, sempre compro passagem na classe econômica”, defendeu. O presidente da Casa acredita que um servidor, ao viajar a serviço, com passagens pagas com dinheiro público, deve gastar o mínimo possível.
A base aliada ao GDF entendeu que o custo político de aprovar uma medida como essa era mais alto que o benefício. Mesmo apoiando o governo, todo deputado depende de votos para se reeleger ou disputar outros cargos.
Pela oposição, o vice-presidente da Câmara Legislativa, deputado Ricardo Vale (PT), afirmou à coluna que a Casa tomou uma decisão correta, já que as viagens na classe executiva aumentariam as despesas com passagens aéreas. Mas o deputado lembrou que faltou diálogo do Executivo com o parlamento para que algumas exceções fossem permitidas. “Eu, por exemplo, acho que servidores com mais de 60 anos, pessoas que apresentem problema de saúde, enfim, esses servidores, em alguns casos, a gente poderia permitir, como exceções, mas não para todos”, defendeu.