Nesta quinta-feira (19), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), deflagrou a Operação Oleandro, com objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas e na lavagem de dinheiro.
Estão sendo cumpridos 69 mandados, sendo 23 de prisão temporária e 46 de busca e apreensão, até o momento 22 pessoas foram presas. E algumas armas e munições foram apreendidas pela PCDF.
No Distrito Federal estão sendo cumpridos 46 mandados de busca e apreensão, nas seguintes regiões administrativas: Ceilândia; Samambaia; Taguatinga; Gama; Guará; Águas Claras. As ações também ocorrem nas cidades de São Paulo (SP); Goiânia (GO); Valparaíso (GO); Foz do Iguaçu (PR).
A PCDF recebeu o apoio da Polícia Civil dos Estados do Paraná, São Paulo e Goiás e da Polícia Rodoviária Federal.
Foi autorizado, ainda, o bloqueio na conta dos investigados até R$ 10 milhões, em relação a pessoas físicas e R$ 100 milhões, em relação a pessoas jurídicas.
De acordo com a PCDF, o grupo é estruturalmente ordenado e caracterizado pela divisão de tarefas, com o fim de obter vantagem patrimonial mediante a prática de infrações penais graves, notadamente o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro.
O início da investigação ocorreu no final do ano passado, tendo como ponto de partida a localização de uma mala abandonada com 29 quilos de cocaína.
As investigações, realizadas até o momento, evidenciam que o líder do grupo é um homem, de 49 anos, que atuava juntamente com a sua companheira, de 36 anos, principal operadora financeira. Os demais investigados se referem a pequenos traficantes e “testas de ferro” envolvidos com o grupo criminoso.
Os investigadores identificaram quatro empresas de fachada, sendo três em São Paulo e uma no Distrito Federal, que eram utilizadas para lavar o dinheiro oriundo do tráfico de drogas. Somente com as empresas de São Paulo, a quadrilha movimentou R$ 199 milhões nos últimos dois anos.
O transporte das drogas, de São Paulo para o Distrito Federal, era feito por meio de malas cheias de cocaína, maconha e skunk, escondidas no meio de cargas de flores e plantas.
Os envolvidos podem responder por integrar organização criminosa, com as sanções variando de três a oito anos de reclusão, tráfico de drogas, com sanção de cinco a 15 anos de reclusão e “lavagem de dinheiro”, com sanção de três a dez anos.