O Supremo Tribunal Federal (STF) chegou, neste sábado (16), ao placar de 5 a 1 para manter a prisão do ex-jogador Robinho. O voto de hoje foi da ministra Cármen Lúcia, que reforçou a necessidade de manter a execução da pena.
“Mulheres em todo o mundo são submetidas a crimes como o de que aqui se cuida, causando agravo de inegável intensidade a quem seja a vítima direta e também a vítima indireta, que é toda e cada mulher do mundo, numa cultura, que ainda se demonstra desgraçadamente presente, de violação à dignidade de todas”, disse.
Até agora, votaram pela manutenção da prisão os ministros Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin, Edson Fachin e Cármen Lúcia. O único voto pela soltura foi do ministro Gilmar Mendes.
Como a Corte é formada por 11 ministros, falta apenas um voto para alcançar a maioria pela manutenção da prisão.
Os advogados de Robinho acionaram o STF para reverter a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou a prisão imediata do ex-jogador.
A defesa argumenta que a execução da pena no Brasil só poderia ocorrer após o esgotamento de todos os recursos contra a decisão que validou a sentença da Justiça italiana.
O ex-jogador foi condenado a nove anos de prisão por estupro contra uma mulher albanesa em uma boate de Milão, na Itália. Ele cumpre pena no Brasil.
Robinho está preso desde o dia 22 de março, na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo.